Posta-restante
Autor: João Chagas [Rio de Janeiro, 1863 - Estoril/Cascais, 1925]
Título: Posta-restante (cartas a toda a gente)
Editor: Edição de Autor. Lisboa
Ano: 1906
Capa: s/d
Preço: €25,00
DESCRIÇÃO: Exemplar em bom estado geral. Primeira edição.
"João Chagas

Jornalista e panfletário, autor de vários escritos políticos e de história contemporânea.
Iniciou a sua carreira jornalística em O Primeiro de Janeiro, tendo-se salientado pelo seu estilo vivo e atraente. Foi, depois, redactor de vários jornais, tanto no Porto como em Lisboa, tendo fundado o República Portuguesa, onde atacava violentamente a Monarquia.
Teve uma vida muito acidentada, e foi várias vezes processado e algumas preso. Considerado cúmplice do 31 de Janeiro e condenado a degredo, conseguiu, no entanto, fugir do navio que o transportava para Moçâmedes, tendo-se refugiado em Paris. Essa odisseia é-nos por ele relatada no seu livro Trabalhos Forçados. A sua popularidade aumentava na medida em que era perseguido, acrescida pelo sucesso dos seus fogosos panfletos, enviados mesmo durante o tempo do exílio (Na Brecha, A Marselhesa, etc.).
Implantada a República, foi nomeado ministro em Paris e, mais tarde, chamado para chefiar o 1º. Governo Constitucional (1911). Voltou para Paris e, depois da revolução de 1915, foi novamente escolhido para presidir ao Ministério, nunca tendo chegado a tomar posse por ter sido vítima de um atentado, durante a viagem para Lisboa. De novo em Paris, desempenhou importante papel na intervenção portuguesa na Primeira Guerra Mundial, e também na Sociedade das Nações.
Republicano convicto, a sua combatividade, revelada pela sua correspondência e memórias, manteve-se em relação aos homens do novo regime, de tal modo que é muitas vezes citado pelos escritores anti-republicanos. Ver: Alfredo de Mesquita, João Chagas, 1930."
Jornalista e panfletário, autor de vários escritos políticos e de história contemporânea.
Iniciou a sua carreira jornalística em O Primeiro de Janeiro, tendo-se salientado pelo seu estilo vivo e atraente. Foi, depois, redactor de vários jornais, tanto no Porto como em Lisboa, tendo fundado o República Portuguesa, onde atacava violentamente a Monarquia.
Teve uma vida muito acidentada, e foi várias vezes processado e algumas preso. Considerado cúmplice do 31 de Janeiro e condenado a degredo, conseguiu, no entanto, fugir do navio que o transportava para Moçâmedes, tendo-se refugiado em Paris. Essa odisseia é-nos por ele relatada no seu livro Trabalhos Forçados. A sua popularidade aumentava na medida em que era perseguido, acrescida pelo sucesso dos seus fogosos panfletos, enviados mesmo durante o tempo do exílio (Na Brecha, A Marselhesa, etc.).
Implantada a República, foi nomeado ministro em Paris e, mais tarde, chamado para chefiar o 1º. Governo Constitucional (1911). Voltou para Paris e, depois da revolução de 1915, foi novamente escolhido para presidir ao Ministério, nunca tendo chegado a tomar posse por ter sido vítima de um atentado, durante a viagem para Lisboa. De novo em Paris, desempenhou importante papel na intervenção portuguesa na Primeira Guerra Mundial, e também na Sociedade das Nações.
Republicano convicto, a sua combatividade, revelada pela sua correspondência e memórias, manteve-se em relação aos homens do novo regime, de tal modo que é muitas vezes citado pelos escritores anti-republicanos. Ver: Alfredo de Mesquita, João Chagas, 1930."
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. II, Lisboa.